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Degustação.

  • Foto do escritor: willian chiaq
    willian chiaq
  • 25 de jan. de 2017
  • 9 min de leitura

A noite é calma e quente naquela terça feira na residência dos Garcia.

A casa toda está muda menos a sala onde estão o pai, a mãe e seus dois filhos. A tv está dando notícias sobre a violência e a crise que ocorre no país e de fato apenas Peter o filho mais novo está prestando atenção.

A mulher, Maria matriarca da família está de namoro com um de seus mais ânticos rolos, o tricô, ela já é acostumada a fazer para toda família e amigas, mas esses dias ela tem feito apenas por robe, veio do nada a vontade de namorar.

O Homem mais velho, pai de família está com o jornal de papel aberto lendo, uma vez ou outra conseguimos ver seu rosto, quando abaixa para ver uma matéria ou outra na tv, e também a fumaça de seu cachimbo não ajuda muito, pois faz um espécie de véu em seu rosto.

Preston, o filho mais velho está com seus olhos grudados na tela do celular mandando mensagens para “Deus e o mundo”, parece que o adolescente do segundo ano nem pisca.

Peter o mais novo assiste frenético o jornal mas está no mundo da lua como sempre, pensando nas histórias do Fantasma, Homem aranha, Wolverine e Sherlock Holmes. Sua mente trabalha como nunca, ele pensa rápido como ninguém, é o melhor em redação do colégio e mesmo estando apenas na oitava série já pensa em um estágio em algum jornal local.

Os cachorros começam a latir de forma frenética lá fora, é a segunda vez que o fazem essa noite, eles estão presos por correntes em locais estratégicos bolados por Peter pois iniciou se o reparo de duas grades que estavam enferrujadas então deixando dois vãos para possíveis malfeitores entrarem.

Um cão está de guarda na porta da cozinha bem perto do outro que está guardando a sala externa de ferramenta Julho, o pai da família e o ultimo está mais perto do registro de água, quando chegar a hora de dormir alguém o mudara para a grande porta de correr da sala.

Maria fica sentada e se estressa com o som dos animais:

- Meninos, vão ver o que esses bichos estão loucos. – Peter salta do sofá e Preston não esboça nenhuma reação.

Peter vai diminuindo sua velocidade até chegar a porta de correr da sala. Ele puxa uma fresta da cortina devagar e lentamente põem sua cabeça para fora, vê duas figuras conhecidas paradas perto da lixeira, demora um pouco para recolhecê-las pois embora esteja quente a noite tem bastante neblina.

Peter vai a direção de dois amigos parados, são Fernando, barbudo de óculos de vinte e cinco anos, provavelmente voltando da faculdade e Jean de treze anos, marrento de boné azul bebê com uma placa dourada colada nele.

- E ae piazada, o que fazem aí?

- Fala Peter. – Diz Fernando.

- Dae, salve. – Diz Jean.

- Dae o que mano? To te devendo alguma coisa? – Responde brincado Peter. – Mas sério o que vocês estão vendo?

- Um corpo? – Diz Jean.

- UM CORPO???? Onde???? Mataram alguém??? – Peter olha para todos os lados mas não consegue achar o bendito corpo.

Fernando ri e olha para baixo da lixeira apontando algo mas o gesto passa despercebido aos olhos de Peter.

- Ali em cima, mataram o cara, você não viu? – Aponta Jean para uma esquina, Peter procura mas não vê nem sinal do tal corpo.

- Peter, ali. – Aponta Fernando para baixo da lixeira.

O coração de Peter acelera e fica por uns três segundos sem saber o que fazer.

- Meu Deus é de verdade? O Que? Mais??? Está morto???? – Peter recobra a consciência.

A um bebê enrolado em uma manta verde embaixo da lixeira, não é um recém nascido, aparenta uns sete meses mas Peter não sabe disso pois não entende nada de bebês.

O bebê meche o rosto e os bracinhos, Peter arregala os olhos.

- Me dê ele aqui Jean. – Pede Peter esticando os braços.

- Eeee, sai fora, eu não toco nisso cara. – Responde Jean, Peter olha para Fernando.

- Aí Peter foi mal cara, mas quanto mais gente tocar nele, pior fica para identificar os pais por causa de digitais e etc, eu não vou pegar. – Justifica Fernando.

Peter sai pelo grande vão barra buraco da grade e pega a criança no colo, a manta é verde e a chupeta é azul parece ser menino mas o garoto não tem certeza.

- Beleza piazada, obrigado, vamos ver o que fazemos podem ir agora. – Diz Peter olhando aquele lindo e pequeno anjo.

- Ok, não esquece de chamar a polícia. - Responde Fernando, Jean apenas dá sinal de positivo com a cabeça.

Peter pula pela massa fresca para dentro com todo cuidado do mundo e vai em direção a porta da sala.

- Mamãe, papai, olhem o que achei, posso ficar com ele? Podemos ensinar truques a ele. – Peter finalmente parece ter votado ao normal.

- A filho, outro cachorro não, já temos três... – Maria larga o tricô e olha para o menino com o bebê no colo, fica muda com os olhos arregalados.

- Eu escolho o nome mãe, eu que o achei. – Peter sorri.

- PETER????? O QUE É ISSO MEU DEUS???????? – O grito faz Julho e Presto pularem do sofá.

- Não sei direito mas acho que se chama bebê.

- É de verdade filho? Deixe me ver. – Diz Julho colocando seu cachimbo na mesa e ajeitando seus óculos.

- Pai é de verdade.

- Onde o achou? – Diz Maria.

- Estava de baixo da lixeira mãe.

- Tinha algum bilhete ou algo do gênero? – Diz Julho.

- Não vi nada pai.

- Deixe me pega lo querido. – Diz Maria, Preston apenas arregala seus olhos e fica sentado no sofá sem falar ou fazer nada.

Peter dá o garoto para sua mãe, ela o desenrola da manta e puxa sua pequena calça e desgruda um lado da frauda para ver o sexo da criança.

- Olha, é um menino, meu Deus do céu como podem fazer isso com um anjo desses, este mundo está perdido. Pobrezinho está todo molhado. O que faremos pai? – Diz Maria para seu marido.

- Eu vou ligar para a polícia e vou ver o que faço depois. – Diz Julho indo em direção ao telefone.

- Então eu vou limpa lo e tentar fazer o pobrezinho dormir, vou deixar em nossa cama. – Diz Maria indo em direção ao quarto, Preston vai ao banheiro.

Depois de alguns minutos no telefone com a polícia Julho desliga e começa o interrogatória de Peter que ficou ao lado do pai escutando a conversa de ouvidos bem abertos.

- O que disseram pai? Vão vir hoje? Vamos ficar com ele?

- Filho vamos esperar a polícia chegar e adotar uma criança não é assim tão fácil, agora me dê licença que vou para o quarto falar com sua mãe. – Diz Julho saindo da sala.

Peter senta no sofá mas fica inquieto e decide ir para fora ver se acha um bilhete ou algo do tipo. Preston fica sentando no sofá.

Peter olha para um lado e para o outro de dentro da cerca tentando achar algo, essa pode ser sua grande chance de estágio, um carro linea azul tem um comportamento a típico.

O condutor parece perdido, vai até o final da rua e volta várias vezes, diminui a velocidade e acelera até parar do lado contrário da rua quase de frente, um pouco para cima da casa dos Garcia na frente da casa dos vizinhos.

Sai do carro uma mulher de tirar o folego, loira, alta e de roupas aparentemente caras. Ela olha para os lados e depois encara Peter que dá um sorriso de orelha a orelha de boca fechada.

Quando a mulher parece que vai falar algo Peter dá as costas e volta para dentro escutando sons de mais portas do carro se abrirem, seus pais já estão na sala com seu irmão novamente.

- A mãe chegou. – Sorri Peter.

- O que filho? – Diz a mãe do garoto, seu pai franze as sombrancelhas.

- A mãe chegou. – Peter virasse e volta para fora, mas vê a loira já dentro de seu terreno com o salto melecado de cimento e com duas garotas a acompanhando.

Ambas loiras, uma com o corpo escultural de mais ou menos dezessete anos e outra mais gordinha com o cabelo mais armado chupando um pirulito de dez a doze anos, não mais que isso.

- Ei garoto, você está com o bebê não é? – Diz a loira mais velha.

- Que bebê? Talvez sim, talvez não. – Diz Peter, mas sua cara o entrega.

- Claro que está, me devolva, onde estão seus pais? – A mulher passa por Peter e entra na casa sem pedir licença sujando a sala com seu solto sujo de cimento.

Preston dá outro pulo ao ver as três mulheres entrando em sua casa e arregala os olhos.

- Onde está meu bebê? Me devolvam ou chamo a polícia. – Diz loira cheia de marra.

- Olha minha senhora não como é de onde veio, mas você está na minha casa e a invadiu, não tem direito de impor nada e não se preocupe quanto a polícia, pois já a chamei e daqui a pouco está chegando por aí. – Diz Julho ficando em pé e encarando a mulher nos olhos.

- Ai, me desculpem é que estou preocupada com o baby. – A mulher alivia a voz.

- Então como explica ele aparecer de baixo da nossa lixeira? – Diz Maria.

- Olha, que tal devolverem meu netinho e não envolvemos a polícia, quando chegarem vocês dizem que se enganaram e a história morre aqui. – Diz a loira.

- Olha moça não sei muito da vida mas é a vovó mais linda que já vi. – Diz Peter, a mulher o encarra de forma raivosa e impaciente.

- Netinho? Então ele é dessa garota mais velha? – Maria aponta para garota de dezessete anos.

- Sim é. – Diz a jovem e atraente vovó.

- Deixa ver se entendi, com todas essas propagandas, com tudo na tv, com aulas em escolas, com eles dando camisinha de graça nos postos de saúde, com tantas formas de prevenção, vocês tendo grana para comprar a droga de um linea e não ter dinheiro para comprar preservativo, como que você conseguiu engravidar? – Diz Peter olhando para a suposta mãe do bebê.

- Olha, não sei seu nomes, mas será eu podemos conversar em um lugar mais apropriado, sabe longe das crianças. – Diz a loira alta.

- Sim claro, vamos a cozinha. – Julho se levanta, sai da sala para o lado contrário aos quartos. – Por aqui. – Maria a acompanha também, logo atrás da loira.

Preston permanece sentado no sofá pequeno, a pré adolescente senta em seu lado ainda com o pirulito na boca. Peter senta no grande e a suposta mãe do bebê senta colada a seu lado.

- Sabe com tanta informação hoje em dia eu fico de cara como as pessoas continuam caindo nesse erro. – Diz Peter, a garota põe a mão na parte interna da coxa quase pegando em suas partes intimas

- Sabe que você tem razão. – Diz a garota.

- É claro que tenho e já digo amor, cuidado com essa mãozinha nervosa aí. – Peter se sente arrepiar, está segurando uma ereção.

- Sabe que gosto desse jeito sabido com esse cabelinho para o lado. – Diz a garota amaciando sua voz e chegando com a boca perto de Peter, Preston observa tudo olhos arregalados.

- Sim, sei que sou irresistível mas vamos parar por aqui garota.

- Agora que está ficado bom, negativo. – A garota se posiciona com o corpo na frente de Peter, coloca seus braços em volta do pescoço e o joelho entre suas pernas os roçando contra suas partes intimas.

- Olha amor se você está querendo me conquistar, é melhor para por aqui pois está quase conseguindo. – Peter não consegue mais segurar a ereção e empurra a garota de lado. – Melhor eu ir ver o bebê. – Peter se levanta e tenta sair rápido da sala mas a mão da garota o segura.

- Espera. – Ela o abraça se joga para trás como se estivesse dançando um tango, Peter a segura para a garota não cair, a garota pega a mão de Peter com a mão esquerda a passando em seus seios e depois em sua intimidade.

Com a mão direita ela alcança um cinzeiro de vidro e tenta acertar sua cabeça mas Preston levanta rápido do sofá e como um gato segura sua mão.

Perter enxerga seu irmão segurando a mão da garota segurando o cinzeiro e entende o está acontecendo, Preston solta a mão da garota e dá uma joelhada na cara de Peter o desmaiando, a garota cai do lado do sofá e Preston conduz seu irmão para cair no em cima do sofá.

O ajeita de lado pois está saindo sangue de seu nariz.

- Julli, o que está fazendo aqui???? – Diz Preston para a garota.

- Cara você quebrou o nariz dele???

- Ele ia cair em cima você, mas que ideia é essa?

- Ai eu estava de saco cheio e fiz a burrada, não está sendo fácil pra mim. Mas onde está o bebê?

- No quarto dos meus pais. Por que?

- Eu vou pega lo e levar para o carro, quando estiver lá dentro peço para Cássia chamar mamãe e fugimos, não é Cassia? – A garotinha chupando pirulito dá sinal de positivo com a cabeça. – E você vai me ajudar.

- Eu??? Isso é loucura...


 
 
 

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