top of page

Salve Me.

  • Willian Jorge Chiaq.
  • 16 de mai. de 2017
  • 1 min de leitura

Aqui vendo de perto o circo de horrores, julgando as aparências, do nada percebo que já sou um deles.

As pessoas passam por essa porta nos encarando, olhando para o vidro, as crianças que não tem medo nos provocam e atiram pipoca.

Tudo nesse louco "Carnival"...

Viramos atrações bizarras sem termos feito absolutamente nada, apenas nascemos.

Não pedimos nem isso...

Não tem outro caminho...

Ninguém nos dá oportunidade, o mundo e suas belezas não foram feitos pra gente.

Malditos poetas que me fizeram acreditar no amor, malditos sejam aqueles que fazem histórias dizendo que o amor é cego e que as aparências não importam.

Maldita ilusão que me venderam.

Me falaram que dava para ser feliz sem dinheiro, provavelmente este miserável já foi rico.

Nunca serei médico ou advogado, nunca terei filhos e um dia já quis ter, outro dia não queria, mas hoje sinceramente não sei, não sei se posso ou poderei...

Só sei que comemos isolados e isolados sempre fomos desde o berço.

Feliz fui eu que conheci uma mãe que piedosamente me deu amor e um pai hipócrita que nunca me abraçou.

Triste foi sua partida, um dia eu lhe encontro...

Sem ninguém aqui é solitário, com alguém é complicado.

Os pulsos não são uma opção.

O tempo é lento e a aparência é um fardo.

15.05.2017.


 
 
 

Comments


Destaque
Tags

© 2023 por Amante de Livros. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Facebook B&W
  • Twitter B&W
  • Google+ B&W
bottom of page